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Quase três meses após a cirurgia e a cabeça muda

Sim, em 06 de fevereiro, de hoje a oito, completo três meses de operada e não vou mentir que aquela mente nada amadurecida em conversa com as amigas já pensava nas farras. Carnaval, São João, festinhas, a nãoseiquantosquilos mais magra arrasando na balada.. Namorar, pra quê?

De repente por obra do destino, como diz Veríssimo, "Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas". E como muda. Ainda mais quando vem em forma de um também paciente do mesmo médico, da mesma nutricionista, da mesma clínica... com uma diferença que ele tem quatro anos de operado e eu, meses.. risos

Aí mudando todas as perguntas e respostas, Carnaval já tô pensando em trabalhar, São João em aproveitar os dias de folga bem quietinha e a balada.. ah, dá pra curtir com o namorado e com as amigas, afinal, como diz Durval, todo mundo tem direito a um vale night!

Fazem sete dias mas parece muito mais, e o interessante é poder compartilhar de tudo que sinto sobre a cirurgia e alimentação. Tá aí a coisa boa de namorar gastroplastizado, ele entende quando você tem as pontadas na barriga, quando faz aquela cara de "a comida não desceu legal", quando precisa comer naquele momento senão pode passar mal e até dá bronca quando você passa mal porque comeu o que não devia.

Namorar uma pessoa "reduzida" é saber dividir cada momento, entender os perrengues e desafios de cada mês vencido e cada quilo perdido após a operação. É partilhar da felicidade de caber naquela calça ou usar aquele vestido que até outro dia tava apertado... É sair para jantar e saber os locais ideais - nada de fritura ou fast food - e claro, abrir exceção uma vez ou outra dentro das limitações :)

E aí, passeando pela web, achei esse texto super interessante no blog Eu e a Gastroplastia que achou no face e compartilhou, sobre ser uma pessoa operada.

Ser gastroplastizada é...


  • Ter a chance de um novo recomeço.
  • Ver os sonhos de anos se realizarem.
  • Se arrepender por não ter feito a cirurgia antes.
  • Aprender a cada dia a lidar com as novas limitações.
  • Não pensar sempre em comer mas o que comer e como comer.
  • Saber priorizar os alimentos que vão lhe fazer bem e ter que fazer a sua parte a cada dia.
  • É saber o que a conterá em seu corpo e estar disposto a enfrentar todas as mudanças.
  •  Ficar feliz a cada roupa perdida correr atras de uma balança, quando na verdade passou a vida toda fugindo dela.
  • Relembrar do nervosismo que foi caminhar pelos corredores do hospital em direção ao bloco cirúrgico. Falar de redução de estômago ate cansar.
  • Se emocionar ao ver fotos antigas.
  • Conhecer várias outras pessoas gastroplastizadas nas redes sociais.
  • Querer ver todas as fotos de pessoas que já fizeram redução.
  • Comprar roupas que eu gosto e não que me serve.
  • Ter o maior orgulho em dizer que fiz redução de estômago.
  • Ser gastroplastizado é maravilhoso! Uma sensação mágica, única, indescritível! Uma mistura de todos os sentimentos possíveis... uma luta diária.
  • Ter que ouvir comentários do tipo: já está magro demais; se não tiver cuidado volta a engordar tudo outra vez; com essa dieta até eu emagrecia.
  • É saber que os olhares que antes eram de preconceito e piedade hoje são de admiração.
  • É sentir saudade de todos as etapas vencidas e ter certeza de que se fosse preciso faria tudo novamente.
  • É celebrar as pequenas e grandes conquistas enfrentar as privações e dificuldades e vibrar diante dos resultados.

(texto anônimo)

E é bem assim!!!

Bom, depois volto com mais notícias. Semana que vem tenho bioimpedância, calorimetria e retorno (praticamente de três meses) com o cirurgião. Vamos que vamos!

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